Caro leitor, como decerto sabe, "A Guerra dos Mundos" foi um filme sobejamente aguardado; não só tinha o Tom Cruise no elenco, como era o filme mais caro de sempre e, mais, marcava uma última incursão de Spielberg no género.
Porém, após estrear, muitos foram os espectadores que saíram da sala de cinema desiludidos com o filme: não gostavam da história, diziam eles. Sendo o filme baseado num livro que lançou as fundações da ficção científico, como é que puderam ser geradas opiniões como estas?
Antes de mais, considero que o espectador comum, não familiarizado com o livro, entrou na sala à espera de um novo "Dia da Independência", e , nessa perspectiva, saiu com as expectativas goradas... Quanto a essa postura perante o filme, não há muito a fazer.
Mas, essencialmente, a maior queixa prendeu-se com o final. Embora considere o final do livro genial, nos últimos dias tenho meditado sobre esta preocupante questão, e não posso deixar de admitir que comecei a ganhar algumas reservas em relação ao enredo. Vejamos:
- A forma como os extraterrestres chegam ao nosso planeta azul e entram nos tripods; enquanto no livro são "disparados" tubos de Marte (tudo bem que tenham mudado a origem dos alienígenas, perfeitamente compreensível), no filme vê-se uns raios e , voilá, começam a brotar tripods do chão; é no mínimo intrigante.
- Partindo da questão anterior, o final do filme é posto em causa: afinal, visto que os tripods já cá estavam na Terra (há quanto tempo? milhares de anos? milhões? não me recordo...ou esse facto nem sequer é mencionado no filme?), não poderia a existência de microorganismos ter sido levada em conta pelos invasores? No livro os "marcianos" estiveram cuidadosamente a estudar a Terra, mas deixaram escapar o pormenor dos microorganismos, o que é razoavelmente explicável, visto que estavam a observar-nos de outro planeta. Mas se no filme eles foram capazes de colocar tripods no nosso planeta (como não sei, mas penso que a possibilidade de os alienígenas já cá terem estado em missões de reconhecimento não pode ser descartada), como puderam esquecer o efeito nocivo dos micróbios?
Penso que estas serão talvez as questões mais revelantes... decerto que existem outros aspectos criticáveis no filme, como o facto de no princípio a câmara de filmar continuar a funcionar após sabermos que todos os instrumentos eléctricos tinham sido desactivados... mas isso é apenas um pormenor... afinal o próprio Robinson Crusoé voltou do navio naufragado com os bolsos cheios de coisas, apesar de ter entrado nu na água... e Shakespeare pôs Júlio César a ouvir um relógio de cucu...
Onde posso ceder é realmente no fim, na medida em que é demasiado abrupto... num momento é a tragédia, reparam nos pássaros, tripod cai, filho miraculosamente reencontrado, voz do narrador a explicar ao espectador mais desatento a causa da derrota da invasão alienígena...
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