Entretanto já tive oportunidade de ver o filme... Só gostava de alertar o digno leitor para uma situação de contradição que detectei: no filme refere-se que o degelo no topo do Kilimanjaro é devido ao aquecimento global, enquanto que o livro concede outra explicação, relacionada com a desflorestação na sua base, que irá causar interferências no ciclo da água, e consequente degelo no topo do Kilimanjaro.
Caro leitor, acabei de rever esta película. Curiosamente, creio que a palavra mais adequada para descrever um filme que lida com viagens no tempo será, neste caso, intemporal.
Os anos 80 estão pejados de filmes que se tornaram clássicos da cultura pop, como os caça-fantasmas, gremlins ou até o exterminador; mas, pelo menos para mim, a realidade é que a maior parte deles "sabe" a anos 80... não nos termos evidentes de vestuário ou linguagem, mas na concepção da acção e do desenrolar da história. É um problema de que séries como o MacGyver ou o A-Team padecem igualmente.
Porém, este filme permanece impressionantemente actual. O ritmo da história é muito bom, as cenas de acção continuam a fazer vibrar o espectador, e as piadas continuam a ter graça.
Continua a merecer o estatuto de intemporal
Julgo que as séries de televisão se regem por humores... houve uma altura em que séries do tipo de C.S.I. predominavam... não só pelos seus spin-offs, mas por séries que seguiam a sua metodologia, como a without a trace (sem rasto).
Entretanto deu-se o advento de Lost, e os ventos da mudança sopraram, sendo agora o modelo de outras séries, como Invasion ou Surface...
Criminal Minds é uma série que ainda segue o modelo C.S.I. , mas é especial... aqui as provas que tão detalhadamente são analisadas nas outras séries não são o factor principal; o que se estuda aqui é a psicologia do crime (como diria Hercules Poirot) e é esse o seu grande trunfo.
De qualquer modo, confessor, excelso leitor, que por minha culpa, minha tão grande culpa, me esqueci de o alertar para a estreia da segunda temporada no AXN.
Ora, eu não sei se sempre foi assim, pois confesso que por estes dias não tenho passado muito tempo em frente do pequeno ecrã... mas o egrégio leitor também não se terá apercebido de uma presença fora de comum de Bach? Vejamos...
SIC: o anúncio (ou reclame, como saudosamente me veio agora à memória...) da novela Páginas de Vida tem como música um tema de Bach...
TVI: o anúncio da novela da Estrela fugitiva e da fábrica de chocolate (cujo nome agora não me recordo...) faz reverbar pelas salas de esse país fora a música de Bach...
RTP: no programa Aqui há talento, um dos números (aquele com os acrobatas nuns panos presos ao tecto) tem como música uma sonata para cello de Bach (que provavelmente o cinéfilo leitor reconhecerá do filme Master and Commander)
Todas estas aparições são com certeza bom sinal...
Este era um dvd que repousava há algum tempo na estante, a aguardar uma oportunidade condigna de o ver... porquê? Porque é um filme baseado num livro de um dos meus escritores preferidos, Michael Crichton (vide os últimos posts deste blog, excelso leitor).
É certo que já o livro há alguns anos (li-o assim que saiu a edição portuguesa), e por conseguinte não tenho todos os pormenores presentes; todavia, creio poder afirmar que prefiro de longe o livro ao filme.
O motivo mais evidente é a possibilidade que um livro tem e um filme não; o livro está repleto de informações e trivia sobre o século para o qual se realiza a viagem no tempo, além de que explora e justifica muito melhor o mecanismo subjacente à viagem no tempo.
Por outro lado, se bem me recordo, o livro conduzia ao mesmo tempo mais uma porção de sub-enredos, que o filme simplesmente não aborda.
Focando apenas o filme em si, sem entrar em comparação com o livro, continuo a achar o filme vulgar. É demasiado rápido, só mostrando no início alguns aspectos que mais tarde irá utilizar na aventura, sem passar disso. A carcterização de época, embora não seja nenhum entendido, pareceu-me demasiado simples, sem abordar todos os aspectos possíveis. Uma nota positiva para a batalha final, embora creia que pudesse estar melhor conseguida. Por fim, a história de amor que se desenrola entre épocas diferentes está bastante forçada.
Concluindo, na minha humilde opinião este é um filme vulgar, que proporciona alguma acção e entretenimento, mas que se esquecerá facilmente.
Excelso leitor, este veículo já rodou por este vertiginoso blog (http://pepsiepipocas.blogs.sapo.pt/5209.html) , e agora é a sua oportunidade de o conduzir... ei-lo!
http://www.aintitcool.com/node/31493
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